Desabafos e considerações
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Design: Moreno 


sábado, agosto 30, 2003



É só falar que tudo está bem que...

Foi só falar que estava tudo “ótemo” nessa semana que minha sexta se transforma num show de horrores, eu hein...
Primeiro foi um banho de suco de laranja que tomei no restaurante onde estava almoçando com meu namorado. Fiquei realmente incomodada com isso. Por conta do meu mal humor, acabei brigando com meu namorado e sendo deixada por ele no meio da rua após mandá-lo calar a boca. Garotas, se vocês quiserem saber como perder um homem em dez dias, eu sou a professora perfeita, porque eu faço muita merda, acreditem... Desolada pela minha impulsividade perturbadora que me transforma no Mr. Hyde numa questão de segundos, fui trabalhar. Passei a tarde tentando fazer uma apelação e sofrimendo pela minha capacidade exímia em magoar quem eu gosto. A consciência pesa muito após tu falar uma merda dessas. Por fim, descubro que meus plano de um fim de semana romântico e sossegado foram por água baixo devido a uma viagem de última hora do meu companheirinho por uma questão sempre delicada: morte em família. Foda.
Acabei minha noite sozinha ouvindo “Silente sigh”. Hoje eu chorei, chorei pra valer, e quis chorar. Chorar pra descarregar, sabe. Quis chorar até ficar exausta, pra me sentir vazia e aliviada, pra dormir com um anjo. Só tive um pequeno probleminha: devido ao tratamento dermatólogico que estou fazendo para combater umas erupções vulcânicas que apareceram na minha bochecha esquerda, estou passando cremes/remédios que ardem muuuito minha pele. E, não apenas isso, o choro também faz minha pele arder, muito, fato que acabei de descobrir! Ora, no fim acabei chorando também pela dor que causavam as lágrimas...saco, nem chorar tranquilamente eu pude. Maldito Murphy.
Bem, cá estou, “alones”, ouvindo Billie Holiday, e assim que me despeço: “...just hold me tight and tell me you miss me. I´m lonely and blue as can be, dream little dream with me...”

12:00 da manhã [ por nicole ]




quinta-feira, agosto 28, 2003



Notas

Aconteceu de novo. Quando se começa o semestre, sempre tem certas cadeiras que são consideradas fodas, teus veteranos dizem que a prova é horrível, o professor tem fama de "ralador" e tu começa a cadeira já rezando por um "C" para poder passar sem exame final. E no fim do semestre, não é que tu acaba tirando as melhores notas justamente nessas cadeiras, e, por algum descuido, preguiça em estudar ou capricho do professor ao dar a nota, tu acaba ficando com um conceito mais baixo nas cadeiras mais "lights". Novamente me aconteceu isso. Bom que isso vem justamente para compensar uma das notas mais injustas que eu já recebi, mas isso fica pra outro post. Quando eu me formar eu conto todas as palhaçadas que acontecem numa faculdade de direito.
Não sei se eu mereci as notas. Não é falsa modéstia não, estudei pra caramba, mas não sei se eu entendi a matéria como deveria ou como o professor achou. Sei lá meu, só sei que passei com os temidos mestres e agora é férias...

11:02 da manhã [ por nicole ]




quarta-feira, agosto 27, 2003



Oh happy week

Momento meu doce diário. Essa semana (so far) está sendo muito legal, acreditem, estou me sentindo bem!!! Primeiro responsável é esse tempo, olha só esse friozinho e esse sol maravilhoso, meu clima preferido. Depois, mamãe está aí, e eu tenho a doce sensação de chegar em casa e ter a geladeira recheada de coisas boas, comida caseira e quentinha sem precisar preparar. Amazing! Adoro morar sozinha, mas repito o velho clichê: só se dá valor as coisas quando não se as tem mais, conforto de casa de mãe é bem bom. Além disso, ganhei um fogão novo e agora sim, ninguém segura meus dotes culinários. Por fim, também ganhei um celular novo. É, ganhei, assim, de “grátis” mesmo. O celular que eu sempre quis, aquele que o Pelé fazia propaganda, aquele que não pesa 1 grama e não ocupa quase lugar na bolsa, deixando espaço para todas as porcarias que eu carrego e que entortam minha coluna. Tá certo que ele não é o modelo mais novo, nem o mais “muderno”, mas pra mim o peso pluma é o que importa. Ganhei, sabe por quê? Por que era do meu papai, e a bateria já estava uma droga, e ele derrubou dentro de um vaso sanitário e o celular negou-se a funcionar. Sim, aí ele pensou que precisava de um novo. E eu fiquei com o celular que caiu dentro da privada... Vejam como sou Pollyananna: em vez de chorar por não poder comprar um celular novinho em folha, por ter um aparelho “mezzo” estragado, com uma bateria sofrida que caiu na privada e foi recusado por outra pessoa, estou muito contente com meu novo aparelhinho e por ele fazer e receber ligações. Sim, sou a menina-do-celular-que-caiu-na-privada e estou feliz com o novo tamagochi, ueba.
Aí pessoa, pensamento positivo: o bichinho já está durante três dias, vamos ver até quando ele vai.


3:22 da tarde [ por nicole ]





Bancos
Gostaria de apenas dar um aviso para as eventuais solteiras que um dia possam ler esse blog: se algum dia precisarem ir a algum Banco do Brasil, recomendo o da esquina da 24 de Outubro com a Luciana de Abreu. Recomendo, ainda, que peçam ajuda ao estagiário-funcionário-modelo que trabalha no setor de auto-atendimento (risos). Vale a pena perguntar pro cara como fazer um depósito, só acho que não pega bem perguntar como se faz um saque, pois assim, em vez de chamar a atenção do solícito “querido”, ele vai acabar pensando que tu é meio débil mental. Aí BB, se puxou na contratação dos funcionários, hein.... Mas, como sou muito bem comprometida e feliz com o meu namorado, que é lindo de morrer (risos), fica o aviso pras solteiras de plantão: uma ida ao banco pode significar algo além de filas. Afinal, tenho namorado mas não perdi o senso estético, não é!

PS: amorzinho, te adoro.

2:33 da tarde [ por nicole ]




terça-feira, agosto 26, 2003



Quilos

Minha mãe veio passar essa semana comigo. Ela sempre reclamava do meu velho fogão, cuja porta do forno fazia o favor de não fechar, tornando o ato de cozinhar qualquer coisa nesse instrumento bem mais demorado do que o normal. Ela reclamava que o fogo era muito baixo, que o pobre fogão estava nas últimas e que não dava nem vontade de cozinhar. Ela veio e ontem a gente visitou o Seu Arno para comprar um novo fogão. Fogão tinindo de novo e minha mãe em casa. Sabem o que significa isso? Três quilos a mais nesse corpinho até sábado.

9:00 da tarde [ por nicole ]





Don´t let me down

Acho que se eu estiver na fossa um dia e escutar "Don´t let me down" seguido de "Emotions" com Destinys Child eu vou cortar meus pulsos ...
Na verdade, estou me sentindo uma merda agora. Me deixem em paz, todos vocês que insistem em morar na minha cabeça.

12:37 da manhã [ por nicole ]





Continuando...

Essa coisa de dizer que traição só é traição quando alguém descobre me impressiona um pouco. Claro que a minha primeira reação é não concordar, mas, é inegável ver como as pessoas preferem ficar na dúvida, ou mesmo negar a enxergar tal fato, pois se não sabem que foram traídas, para si mesmas não foram traídas...
Eu sempre parti do pressuposto de querer saber tudo, doa a quem doer. E como dói...Quando eu fui viajar para os EUA, uma das minhas roomates, que viajou tão “casada” quanto eu, adotava essa postura: eu estou aqui, ele está lá, eu confio nele, ele confia em mim, ele sabe o que faz, não vou ficar perguntando onde ele vai, com quem vai, o que fez, principalmente, se ficou com outra. Muito bonito o discurso, mas foi só saber que o cara tinha ido numa boate sozinho pra ficar puta da vida e sair praguejando. Eu não. Eu pergunto, eu quero saber tudo, se alguém souber, eu quero que me conte, se ele fez alguma coisa, eu prefiro que ele me conte. Trair, pra mim, é ser enganada, não é o ato de ficar com outra pessoa, mas de enganar, mentir, dissimular sobre isso. Claro que é impossível dissociar as duas coisas, mas eu ainda acredito no poder da auto-confissão. Eu quero saber tudo, quero saber exatamente em que mundo estou vivendo, com quem eu estou vivendo. Se eu quiser continuar a viver assim, problema é meu, mas, pelo menos eu sei a escolha que estou fazendo. Não quero meias verdades. Minha imaginação é muito cruel, pode ser muito mais tortuosa que uma traição. Sim, isso já não é saudável tão pouco, mas eu SEMPRE escolho a pílula azul. Pode não levar a um mundo muito bonito, mas será sempre minha escolha. A pílula azul, porque, mais cedo ou mais tarde, eu acho que a gente vai sempre acaber enxergando a realidade, e quanto mais tempo se vive na numa “Matrix”, pior é acordar. Eu quero saber tudo, o que faço com esse conhecimento, bem , aí já é outra questão...

12:20 da manhã [ por nicole ]





Trair e coçar...

O que é traição? Ou melhor, o que deve ser considerado como traição? É enganar o outro ou apenas omitir certas coisas que fizemos? Em que ponto começa a traição? O querer outra pessoa é trair? Ou o querer deve estar conjugado com alguma manifestação no sentido de expressar que se quer essa outra pessoa? Brincar, flertar com alguém que se deseja é trair? Ou a traição estará apenas configurada quando se manifesta isso explicitamente para a outra pessoa, que também te manifesta isso, mas o ato não é concretizado apenas por falta de oportunidade, ou medo, ou culpa, ou tudo isso? Quem traiu? Aquele que sempre sentiu vontade mas nunca concretizou o ato? Ou aquele que cedeu aos impulsos e desejos uma vez apenas, em circunstâncias singulares? Traição só pode ser considerada traição quando alguém descobre? Pois, nesse último caso, só há traição quando alguém é magoado? Ou traição já é o próprio ato, ainda mais quando magoa, de alguma forma, a pessoa que praticou o famigerado ato? É traição se a pessoa confessa o que sentiu ou fez? Ou é apenas quando se engana alguém? Pensar em outro durante o sexo é trair? E fantasiar com outra pessoa durante o exercício solitário é traição?
Enfim...

12:08 da manhã [ por nicole ]




terça-feira, agosto 19, 2003



Enfim...

Provas feitas, trabalhos e relatórios entregues, notas divulgadas, por fim, hoje assisti minha última aula com aqueles (poucos que restaram na sala de aula) que foram meus colegas por cinco anos e meio. A turma com quem eu entrei na faculdade está se formando, ou pelo menos 80% dela, sendo quase todos meus melhores amigos lá dentro.
Suspiros...
Isso é muito melancólico e a nostalgia já está pegando. Ah, quando eu me formar vai ser triste, aquele velho prédio é sinônimo de casa pra mim em Porto.
Isso também significa férias até meu próximo e derradeiro (espero) semestre.
Agora vou voltar a me dedicar ao meu blog, pelo menos.
11:03 da tarde [ por nicole ]




quinta-feira, agosto 07, 2003



9:21 da tarde [ por nicole ]




quarta-feira, agosto 06, 2003



Paixão

Confesso: estou apaixonada e não paro de pensar nele...Foi paixão à primeira vista, e já faz mais ou menos uns 10 dias. Num belo dia, estava eu caminhando na calçada , na frente do edificio onde trabalho quando eu o vi pela primeira vez. Lá estava ele, dentro da loja que há no térreo do edifício. Lá estava ele, olhando pra mim, lindo, pedindo pra ser meu. Pensei de imediato: ele é muito lindo e vai ser meu! Mas, não podendo investir em tal relacionamento no momento, tentei resistir á paixão. Porém, era muito difícil, pois eu o via toda vez que ia trabalhar. Até que hoje eu não o vi mais através do vidro da loja. Fiquei decepcionada e resolvi entrar no estabelecimento para ver se ele ainda estava lá. Para minha alegria, continuava, apenas estava longe dos olhos de qualquer pessoa. Pois eu acabei cedendo à tentação e cometi o maior pecado de quem não jurou não adquirir mais nenhuma roupa pelos próximos 3 meses: eu resolvi experimentar o vestido. Sabia que já era tarde, isso não faria mais diferença na minha idéia fixa em comprá-lo, mas, pensei, talvez não servisse e eu finalmente ficaria convencida de que não fomos feitos um para o outro. Estava indo bem, até que a vendedora aparece com aquele que é o último dos argumentos: os alfinetes.
Não tem volta, não paro de pensar nele e em como eu vou pagá-lo, não consigo para de pensar nele, literalmente em cima do meu corpo, todo aquele crepe georgette me acariciando e dizendo: linda, linda, linda, me iludindo ao me dizer que estou bonita só para nunca mais deixá-lo. Oh, vestidos, vocês são cruéis. Essa vai ser a última noite que passo sem ele.

PS: aviso que esse blog vai entrar em recesso até realizar todas as minhas provas e entrega de trabalhos e relatórios, mais ou menos por duas semanas, aí vou ser toda dele.

11:08 da tarde [ por nicole ]




terça-feira, agosto 05, 2003



25

Pois é, nesse último domingo completei 25 anos. Tem aquela parte do Singles em que a Bridget Fonda fala com o espectador, ela interprete uma garçonete de 23 anos, apostando num relaciomamento que não ia lá essas coisas. Não lembro exatamente do que ela dizia, mas o recado que ela passava era de que sempre tinha se imaginado chegar aos 23 anos de forma diferente daquela que estava, não sei se ela falava em já se imaginar casada e com filhos aos 23, algo por aí. Me lembro dessa parte do filme pois eu também imaginava, quando criança, que estaria bem diferente aos 21 anos, aos 23, aos 25, do que eu realmente cheguei. Nossa, quando se é criança, essa idade já significa a vida adulta, sem o menor resquício de adolescência. Achava que já teria encontrado meu príncipe, estaria noiva aos 21, casando aos 23 e sendo mãe aos 25. É hilário pensar nessas expectativas se concretizando hoje. Não vou entrar no mérito das mesmas, pois eu era realmente criança e acreditava em coisas como que todo mundo fosse encontrar seu par e ser feliz pra sempre (pelo menos até meus pais se separarem). A questão é que a gente acaba sempre analisando a situação em que estamos e as expectativas que projetamos para determinado período da nossa vida, quase sempre, expectativas que não se realizaram. Eu fiz 25, caraca, 25. Lembro perfeitamente de quando completei 5 anos, e minha maior felicidade foi poder mostrar minha idade, diante daquela inafastável pregunta à qualquer criança "quantos aninhos tu tem?, apenas abrindo uma das mãos. Tudo tinha se tornado mais simples e eu não precisava mais ficar dobrando os dedos na tentativa de mostrar 2,3 ou 4. A partir dali era só mostrar minha mão: pronto, eu tinha uma mão cheia de anos. Tudo tinha se tornado simples, isso é, até o aniversário seguinte...
Parece que foi anteontem que eu fiz 15 e, finalmente, poderia começar a sair de noite e voltar as 2h da madrugada, huhuhu. Sim, era a partir dali que minha vida ia começar, que meu grande amor ia aparecer, que eu ia finalmente beijar e transar com alguém, que ia acabar o colégio e entrar na faculdade. (sim, confesso que dei meu 1° beijo com 15 anos...).
Aí parece que foi ontem que fiz 20, uau, começo de faculdade, vários amigos novos, tinha encontrado o "homem da minha vida" entre uma cadeira e outra, ia aprender tudo pra ser uma ótima profissional, ia morar sozinha e ia (esperava) finalmente ter um orgasmo, risos. Hoje eu me apareço na frente do espelho com 25 e nem tudo parece tão animado assim. Não que eu tenha me tornado uma desanimada, uma amargurada, deprimida, mas as coisas parecem bem mais realistas e complicadas na vida real.
Conforme já postei antes, não estou formada, não tenho independência financeira, não tenho carro, não tenho casa própria, não tenho nenhum aliança 18k no dedo, dependo dos meus pais, e não me tornei linda. But, but, but, but, muita coisa boa aconteceu, caramba! Aprendi na marra que a faculdade não te garante um lugar ao sol, que se tem que trabalhar, batalhar muito pra se sustentar sozinha e uma casa. Aprendi que tenho milhares de livros pra ler, que preciso cuidar da minha cultura literária urgentemente. Descobri que eu posso sim emagrecer, e engordar, e ficar bonita. Vi que eu fico cada dia melhor no meu bom gosto para sapatos, modéstia à parte. Descobri que é muito foda cuidar de alguém quando esse alguém está doente, que a vida das pessoas pode mudar do dia pra noite, e não se pode desperdiçar muito tempo brigando com aqueles que estão vivos de manhã e mortos à noite. Sim, o sexo com orgasmo é muuuito bom. Aprendi que, apesar de sempre querer namorar e me aquietar com um cara só meu, é maravilhoso dar o primeiro beijo em outra boca, se apaixonar 3 vezes por mês e desapaixonar com a mesma freqüência, descobrir o corpo de alguém e sentir o coração bater mais forte por ouvir a voz de outro ser. Descobri como tu pode te deixar enganar pelas pessoas, e qual é a sensação de descobrir que estão te enganando, como se alguma parte da tua vida fosse vivida na Matrix, e quando tu acorda não era nada daquilo que pensava, e tu se sente perdida, sem rumo, sem chão. Vi como dói ver tua paixão se apaixonar por tua melhor amiga e saber que teu namorado te traiu. Conheci o amor, conquistei a pessoa mais perfeita desse mundo, mais perfeita pro meu "mundo", e aprendi o que é não se sentir mais sozinha nesse vida. Vi como eu sou chata, como relacionamentos caem na rotina, como ela pode ser boa e como ela pode te frustrar. Aprendi como é bom dormir abraçada com alguém, acordar no meio da noite e saber que ele vai estar contigo amanhã de novo, que gosta de ti, apesar da tua celulite e mal-humor. Aprendi que existem almas gêmeas sim, mas que cada momento da vida pode ter a sua, pois valores e corações mudam. Aprendi como é bom poder dormir até tarde e caminhar ao sol escutando walk-man. Como é bom ter um canto só teu, e um tempinho pra curtí-lo sem ter nada de importante pra fazer. Vi como é bom viajar e voltar pros braços daqueles que te querem bem. Vi o que é sentir saudade e como é bom matá-la.
Se eu pudesse escolher algo, gostaria de poder ter viajado muito mais pelo mundo afora, ter falado mais inglês e ter brigado menos com meu namorado. Guri, te amo. Ao longo de toda minha vida aprendi muito com meus pais, mas nesses últimos anos não tenho palavras para dizer o que tu me acrescentou. Faço 25 anos e me sinto feliz, muito feliz. Continuo com medo de muita coisa, medo de rugas, medo de envelhecer frustrada, medo de não viajar como eu quero, medo de perder quem se ama, entre tantos outros medos. Mas hoje me sinto bem, muito bem. Hoje parece que 25 anos é a melhor idade que se pode ter, assim como foi ter 15, assim como foi ter 20...


12:55 da manhã [ por nicole ]




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