Desabafos e considerações
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Design: Moreno 


quinta-feira, julho 31, 2003



Prova

Prova de Filosofia do Direito I, menos que mal que caiu a justiça pra Aristóteles... Espero que a alma dos filósofos não me amaldiçoem por ter ido ao Cult ontem. Sei que deveria ter estudado mais, mas um convite do boyfriend pra uma saidinha num bar, coisa rara nesse nosso namoro, merece ser atendida.
Bem, vamos ver no que dá...

9:15 da tarde [ por nicole ]




segunda-feira, julho 28, 2003



Adulta

Sempre achei que havia três fatos que, querendo ou não, te empurrariam definitiva e irreversivelmente ao mundo “adulto”, com todas as responsabilidades e ônus advindos desse lugar onde nossos pais sempre residiram segundo nossa perspectiva infato/juvenil: formatura na faculdade, casar ou ter um filho. Como eu já disse, estou prestes a me formar e não me sinto nem um pouco preparada para enfrentar o mercado de trabalho e, por conseqüência, encontrar um emprego decente que me alcance a tão esperada independência financeira. Quanto ao casamento, sem independência financeira não dá, tanto minha quanto do meu namorado, além do pequeno detalhe de que o mesmo não casa nem amarrado! Não que eu tenha aversão ao casamento, mas tenho que dizer que concordo quanto à desnecessidade do mesmo, ainda que apenas no civil, para consolidar um relacionamento e o afeto existente entre as partes. Apenas achava, na minha mentalidade infantil, que soava “adulto” ser designada de “esposa”, chamar o outro de “marido” e essas coisas afins. Por fim, resta pensar se eu definitivamente cresceria se tivesse filho. Aí sim, acho que não tem escapatória, ser mãe ou pai não tem volta... A ficha deve cair com um frio na barriga. Como eu tenho a sensação de que isso está muuuuito longe de acontecer comigo, vou curtindo essa vida de Geração X (alguém se lembrava desse termo, hein?), jovens na faixa dos 20 e poucos anos, cursando faculdade ou formados, na perspectiva de alcançar independência financeira, mas sem a pressa de sair de casa ou sem a culpa de sugar os pais, longe de se prender a qualquer responsabilidade maior do que acordar e ir trabalhar, ou pagar o cartão de crédito no fim do mês. Sou contra rótulos e essas coisas de publicitários, mas sinto que estou ficando sozinha nessa tal de Geração X, seja lá como se chama, pois olho pro lado e a maioria dos meus antigos conhecidos, colegas do colégio e até mesmo da faculdade já se encontram em alguma das três categorias que eu mencionei acima. Apesar de me achar meio adolescente ainda, não ser formada, casada ou mãe (ui!), me sinto bem feliz assim, com a vida que levo. Claro, existem os anseios com o lado profissional, já que eu sinto aquela culpa, sim, por depender do papai ainda. E, apesar de achar que a gente não escolhe muito de quem gostar, acho que estou com o parceiro perfeito para mim no momento, pessoa que me ajuda a descobrir e a entender esse mundo adulto, o qual não trocaria por nenhum advogado engravatado já encaminhado na vida. Tenho que curtir e aprender muito ainda antes de tomar essa decisões “de pai e mãe”, tenho que vivenciar meu lado filha, namorada e estudante. Na verdade, esse post foi uma breve (nem tanto) divagação sobre o assunto “o que seus colegas andam fazendo”, pois isso dá muito pano pra manga ainda e deve ser retomado posteriormente. Apenas pra deixar claro, “mundo adulto” entre aspas, pois o mesmo não é sinônimo de maturidade e responsabilidade, ou mesmo discernimento. Ser adulto ajuda nisso tudo, mas acho que esses predicados não me faltam no momento, e até sentir a necessidade ou vontade de dar um passinho à frente, dispenso, por ora, a troca de fraldas e alianças.

OS: Já sei, “ser adulta” é comprar um imóvel, sim, aí está minha salvação: serei “adulta” quando comprar meu apê e me comprometer a passar o resto da vida pagando pelo mesmo, eh vida boa...
3:13 da tarde [ por nicole ]




sexta-feira, julho 25, 2003



Agradecimentos

Sozinha no escritório, nessa tarde de ócio e chuvosa, não posso me furtar de ler os e-mails que chegam na minha caixa de entrada provenientes do grupo de discussão da minha turma. Mais do que nunca, minha caixa de entrada fica cheia de e-mails referentes à formatura e todas as decisões que envolve tal evento, como que produtora escolher, qual paraninfo, quando pagar, qual lema da turma etc. No meio de tanta coisa que não me diz respeito no momento, ocorre uma discussão acerca dos agradecimentos: uma colega envia uma sugestão agradecendo, em primeiro lugar a Deus, com toda aquela balela que se vê em convites de formatura. Naquele momento fiquei feliz por não estar envolvida naquilo, pois não acredito em Deus, e, mesmo que acreditasse, não concordo com essa imposição de agradecer-se exclusivamente a tal "entidade" dentre tantas crenças que porventura poderiam existir na minha sala de aula. Eis que uma discussão deveras interessante surge, sobre a questão de agradecer ou não a "Deus", usando tal palavra especificamente. Estou atenta aos e-mails que chegam, vamos ver o que a turma vai decidir.
Eu não vou me formar, mas desde já gostaria de agradecer a quem realmente fez a diferença: meu pai, por acreditar que a filha dele é inteligente e tem um futuro brilhante pela frente, quando nem ela mesma acredita nisso, por ter tentado, ainda que minimamente, esconder a frustração quando eu disse que tinha me inscrito pra letras, em vez de direito, e por pagar todos os sapatos que foram devidamente gastos no meu aprendizado pelos corredores dos foruns dessa cidade. Ao lado do meu pai, agradeço a minha mãe, pelo sacrifício em sempre pagar uma escola particular, e por pagar um ano de cursinho pré-vestibular nunca deixando de acreditar que eu entraria numa universidade pública. Obrigada por me ajudar a escolher e a montar os adoráveis apartamentos nos quais já morei, obrigada por me consolar quando eu ligava chorando. Mas, obrigada simplesmente por ser minha mãe. Te agradeço, minha irmã, por me buscar na rodoviária da colônia todo esse tempo, por marcar cabelereira e depilação aí na minha terra natal, por cuidar do pai e da mãe na minha ausência e por ser essa pentelha que eu adoro. Não menos importante, agradeço ao meu namorado, a pessoa que transformou meu mundo, enriqueceu minha vida, foi meu pai, minha mãe, meu amigo, meu amante, foi tudo pra mim nessa terra em que eu vivo sozinha, mas não só por que eu te encontrei. Obrigada por agüentar meu mau-humor, minha insegurança, por acreditar que eu ainda serei uma advogada bem sucedida. Obrigada por fazer parte da minha vida, se minha família foi fundamental por ter vindo pra cá, tu foi fundamental por eu ter concluído tudo isso. Obrigada, também, aos pais do meu namorado por terem criado pessoa tão linda, por me acolherem e por mostrarem que relacionamentos podem dar certo, mesmo quando não se vive mais junto. Por fim, obrigada aos meus amigos, colegas que emprestaram o caderno, que fizeram trabalhos e colocaram meu nome, colegas que serviram de cupido e de consolo, que me fizeram amar, sofrer, chorar e rir na faculdade, ou seja, que me fizeram viver.
E obrigada a mim mesma, que, por algum momento na vida, conseguiu ter disciplina pra estudar pro vestibular, que conseguiu ter cabeça pra aguentar os estágios, e que consegue ainda ter um coração nesse mundo jurídico.

4:51 da tarde [ por nicole ]





Registros

- Murphy ataca: só por que eu tenho trabalhos pra fazer e um layout novo pro blog, meu computador resolve dar pau, hoje completa uma semana sem meu bicho de estimação...

- Não vai mais parar de chover nessa terra? Não agüento mais toalha úmida lá em casa. Preciso ver o sol novamente.

- Meu lado Pollyanna: o bom dessa nebulosidadae constante e garoa que não pára é que podemos nos sentir em Londres...

- Um amigo meu, que conheci no esteites, está aqui em Porto Alegre. Bom rever gente que fez a aquela viagem valer a pena e bom voltar a falar inglês.

- Tá, essa sobre se sentir em Londres foi horrível...

3:07 da tarde [ por nicole ]




sexta-feira, julho 18, 2003



Novo leiaute

Bem, aí está o novo leiaute do blog. Na verdade, foi idéia daquele que vocês já devem ter ouvido falar aqui, aquele carinha chamado meu namorado. Sim, ele estava enjoado da estética antiga e me propôs uma mudança, com a promessa de algo bem personalizado. Meu único pedido era que continuasse com o visual "clean". Ontem, ele me presenteou com essa joinha aqui. Fico suspresa por ainda ver como ele acerta o meu gosto e minhas preferências quando se trata de me presentear com algo. Achei o visual extrememnte elegante, claro sem ofuscar, alto-astral sem ser um carnaval. Achei minha cara, com um toque indefectível da cor azul, que não pode faltar na minha vida. Inclusive, agora tem até uma foto minha! Sim, sou eu exatamente nesse canto superior esquerdo, com essa carinha "pidona", sou eu mesma, meiga (hum, acho que podemos dizer) e carente. Adorei! Já agradeci ontem, mas espera amor que hoje eu vou agradecer pessoalmente de uma forma que só poderia ser para o único webdesigner que existe na minha vida. Te amo.
Certas coisas nos fazem sentir tão bem por ser exclusivas, hoje posso dizer que tenho um leiaute só meu! Huhuhu.

10:35 da manhã [ por nicole ]




quarta-feira, julho 16, 2003



Ahã

Eu fui dar uma conferida na Fraude e achei meio curioso o título do texto do Alex Antunes: Eu amo o marido da Clarah Averbuck. Resolvi dar uma lida e, lá pelas trantas, me deparo com esse trecho do texto:

Uma ex-amante minha, metida a escritora (e a bruxa também, mas isso já é outra história), costumava me dizer que não precisava se acabar toda como a Clarah para escrever um livro, ou um blog. Sobre o meu copo babado de gim-tônica, eu solenemente discordo. Porque este é o fim-do-mundo como nós o conhecíamos - e eu acho bom.

PODE ENFIAR A SUA INTELIGÊNCIA FORMAL NO RABO, SUA VACA COMODISTA, é o que eu gostaria de dizer pra essa moça, a ex-amante. Alguém que tenha, sim, Inteligência, Beleza, Cultura, Saúde, Brilho, faz bem é em CAIR NA SARJETA - nem que seja pra sair de lá com alguma experiência.

Porque não tem a menor graça deixar a sarjeta pros fracos, pros burros, despreparados. Temos que tocar essa gente toda é pros bancos, pra bolsa, pras corporações, pros shopping centers, pros três poderes, pras agências de publicidade, pras redações dos grandes jornais, pros escritórios de advocacia, pra esses guichês supostamente “limpinhos” que são o lugar deles.


Quando eu disse que cabe a cada um preencher o conteúdo do verbo viver, devendo-se respeitar as escolhas dos outros, era pensando justamente nesse tipo de opinião. Porra meu, será que é preciso ligar o foda-se, sair por aí sem rumo, sem dinheiro, sem projetos, beber, se drogar, dar pra todo mundo, ir contra todo o sistema, pintar o cabelo de rosa pink só pra se dizer que essa pessoa é quem vive? Ah, pára aí. Sou uma vaca bem comodista sim. Cada um vive como quer maninho, ou como pode, parece que a "sarjeta", quando é fruto da opção, não da necessidade, adquire esse ar meio "glamourizado", idolatrado. Por que aos fracos cabe os escritórios de advocacia, para falar mais da minha área? Ora, eu sou a primeira a execrar toda a merda que existe nesse mundinho, mas ainda existe gente inteligente, culta e experiente que vive nele, vide Paula Foschia e seu chefe (ela é amiga da Clarah, inclusive). Caraca, vamos todos nós, que nos julgamos inteligentes, "exxxpertos", cultos, informados, vamos sair por aí largando tudo, dizendo que emprego fixo é coisa pra acomodado, que nos poderes só existe corrupção e nos jornais uma só há a tentativa de manter o regime de alienação total, isso mesmo, vamos sair por aí e beber litros e litros de vodca para não sermos mais considerados touros ou vacas comodistas, risos.
Acho que na minha humilde ignorância eu não devo ter entendido o que o carinha quis dizer, deve ter sido isso. Talvez ele realmente não pense que só vale se "cair na sarjeta". Essa idéia de que quem não gosta do que eu gosto ou não vive como eu vivo é idiota/ignorante/alienado me irrita profundamente, e existe em qualquer segmento social, QUALQUER. Seja naquele escritório cheio de mauricinho, seja nesse mundo "blogueiro" cheio de gente que se acha escritor. E isso me irrita profundamente... Claro que a crítica ao outro que não compartilha do nosso ponto de vista sempre vai existir, mas aí entra aquela palavra mágica chamada respeito. Respeitar a opção de vida do outro, ou tentar. Chamar a outra de vaca comodista é muito fácil, tentar aprender com as experiências de quem vive de forma diferente da tua é que o difícil, difícil é não cair na tentação do julgamento fácil. Não acho que ninguém é melhor ou pior, acho que há coisas que admiramos e outras nem tanto, mas que devem ser respeitadas, criticadas sim, "espinafradas" não. Cada um tem sua experiência, aprende com ela, ora bolas. Sei que estou falando o maior clichê infantil, tipo "devemos respeitar nossa diferenças", mas não concordo com alguém achar que o mundo, sim o mundo que existe lá fora, com corporações, escritórios, jornais, é só para aqueles que não têm coragem de cair na sarjeta, para os fracos, para os acomodados. Difícil é tentar viver exatamente nesse mundo com o qual não se concorda e não largar tudo de mão. Sei lá, não concordo com tanta coisa de todos os mundinhos que existem por aí, mas tento aprender um pouco com cada um deles.
Na verdade, o texto escrito pelo cara nem era pra criticar ninguém, era só pra falar bem da Clarah, mas esse parágrafo (meio isolado) no meio do texto me fez escrever isso aqui, que não saiu como eu queria devido à dificuldade que eu tenho em me expressar de forma escrita. Não saiu nada como eu queria, mas valeu o desabafo.
Eu ainda não fui de mochila, na cara e na coragem, pra Londres, mas, até lá, fico feliz com minhas conquistas na cozinha aqui de casa mesmo.

12:13 da manhã [ por nicole ]




quinta-feira, julho 10, 2003



Momento diário

Esse blog não tem a pretensão de servir como um diário virtual, no qual eu deveria escrever todas as minhas "desventuras" diárias, algo do tipo: "fui com meu namorado, nesse findi, ver tal filme, e foi show!!!!!!!". Argh, no way.
Mas, para poder tecer minhas considerações superficiais sobre viver nesse (meu) mundinho, tenho que registrar certos fatos do meu dia a dia que podem tomar um significado muito grande na minha vida. Hoje ocorreu um deles. Pela primeira vez na minha vida eu cozinhei, sim, cozinhei um peixe, e ficou maravilhoso (pelo menos para mim). Pela primeira vez peguei no bicho cru, escolhendo com carinho os ingredintes, temperei, cortei, piquei, enfim, tudo com a maior dedicação. Puxa, fiquei realmente feliz, já que, sendo a comida um dos maiores prazeres que existe para mim, eu sempre me considerei uma total negação no quesito cozinha. Decidida a mudar isso, de posse de uma receita super-ultra-fácil da mamãe, resolvi encarar o bichinho.
Oh senhores, que formatura que nada, hoje a etapa vencida se chama cozinhar.
Pena que eu comi sozinha...

12:06 da manhã [ por nicole ]




terça-feira, julho 08, 2003



Boicote

Momento mulherzinha novamente: meu chefe está tentando boicotar meu regime. desde que tomei a firma decisão de não ingerir mais doces, chocolates e afins até me tornar uma top model, ele começa a me trazer doces, biscoitos, Bis, todas essa guloseimas. Argh, que chefe malvado.
Socorro!!!


4:34 da tarde [ por nicole ]





Opiniões

Li a opinião do meu namorado sobre o livro do Galera e lembrei do que invariavelmente vem à tona nas nossas conversas: o que fazer da vida. Discutimos sobre o livro, sobre essa questão do que pensamos e os outros não, sobre pessoas e opiniões que destoam do comum, do esperado, da rotina, das escolhas e da vida que todo mundo ordinariamente vive. Sobre escolhas que faríamos enquanto gente à nossa volta sequer leva em consideração, sobre objetivos, sobre o que é nosso conceito de realização pessoal. Enfim...
Não é porque ele é meu amor, mas eu achei muito bom o que foi escrito. Concordo, só acho que, para mim, o livro do Galera mostra uma sensação que me é familiar: essa prostração sobre vida, não se contentar com as oportunidades insatisfatórias que nos são oferecidas, não concordar com o mundo e, então, ligar o foda-se para ele. Não cheguei ao ponto de me dominar por esse total ceticismo e não ligar pra nada, fazer só o que eventualmente possa me satisfazer de alguma forma, também não sei se é essa a questão. Acho que minha vida segue o curso esperado para a maioria das pessoas, escola, família, faculdade, se formar, trabalhar, quem sabe ser demovida da decisão de não ter filhos para, então, fazer dos meus pais avós e dar continuidade ao ser-humano. Mas, nesse caminho, acho que mudei e evoluí a ponto de me tornar mais crítica e mais cética com relação ao mundo que me rodeia. Não liguei o foda-se, nem quero, pelo menos não para tudo na vida. Particularmente, prefiro chorar a não sentir absolutamente nada, abrindo-se uma exceção ao dentista. Estar vivo não é sinônimo de viver, mas deve-se procurar respeitar o que cada um acredita que seja o conteúdo desse verbo.
Ainda que pensar um pouco mais a fundo sobre meu futuro me cause certo desânimo e certa angústia, continuo levantando da cama todo o dia na busca dessa tal realização, em todas as formas que essa seria pretensamente possível.
Voltando ao livro, concordo com a crítica sobre o porquê, para essa geração, é tão difícil apenas viver. Baseando-me nisso, procuro me lembrar de algumas coisas bem simples, até fúteis, que em nada têm de existencialistas, mas causam um prazer enorme, como comprar sapatos, risos. Não há nada melhor para me animar depois dessas discussões sobre o “futuro”.

4:31 da tarde [ por nicole ]





Mulherzinha ataca novamente

Sim, eu confesso. Sim, eu tenho um vício... Não estou falando de drogas, alcool, cigarro (só um pouquinho) ou sexo. Sou viciada em sapatos.
Eu adoro sapatos, adoro olhar vitrines de sapatos, adoro experimentá-los, sentir o cheiro de couro novo, me enxergar no espelho com o sapato a ser comprado, com a calça puxada para cima para ver melhor o resultado final, com aquela meia já meio velha destoando do brilho do pisante novo. Adoro caminhar pela loja e me sentir glamourosa como se estivesse desfilando.
Sim, eu adoro sapatos.
Tenho uma especial queda por esse acessório fundamental, não sei bem o porquê. Gostaria de saber porque eu penso, quando vejo um par que me agrade, que eu simplesmente TENHO que possuir tal objeto, sim, pois ele combina perfeitamente com aquela bolsa, ou é perfeito para aquela ocasião, ou porque um pretinho básico nunca é demais.
Corro o risco de parecer totalmente fútil ao postar isso, mas garanto que não compro um terço dos sapatos que eu gostaria, e todos aqueles que foram objeto do meu "salário" de estagiária foram devidamente bem empregados.
Esse dia chuvoso me fez lembrar de tal assunto, pois o tempo é fator crucial para a escolha do acessório. Por que, oh, porque eu fui colocar meu scarpin preto, brilhoso, cheiroso, NOVO nesse dia chuvoso?
Estou me preparando psicologicamente para ver meu mais novo "filho" ser devidamente pisoteado pelas pessoas no ônibus, ser devidamente lavado pela água que escorre dos boeiros, e tingido pela lama que se acumula no caminho até a faculdade.
A consolação é que, no fim de toda a estação, sinto-me compensada por ter utilizada, e muito, mais um sapatos nas minhas andanças pelos fóruns dessa cidade.

3:20 da tarde [ por nicole ]




sexta-feira, julho 04, 2003



Filosofando


Outra aulinha de Filosofia do Direito. Hoje o tema foi as Escolas Helênicas, com ênfase ao Ceticismo. O objetivo do homem, para essas escolas, era encontrar a Ataraxia, ou seja, a paz de espírito, a calma para a alma. Assim, o mal do homem seria causado pelas opiniões que esse tem acerca de certas coisas que o angustiam. Ou seja, possuir idéias erradas sobre certas questões causariam os males e as angústias ao homem, a quem deveria ser mostrada a idéia correta, o juízo certo para acalmar-lhe a alma.
Os Céticos vão mais longe ainda, para esses o mal do homem era ter qualquer opinião, qualquer juízo sobre alguma coisa. Quanto mais se pensa sobre o que nos cerca, mais angústias e sofrimentos acabamos por ter. Bem, apesar de não entender nada de filosofia, e nunca ter estudado a fundo a matéria, preciso dizer que em tal assunto eu também já penso há tempos, risos. Ora, quando a gente pára pra pensar sobre as coisas que nos rodeiam, sobre o sentido das mesmas, das nossas escolhas e as possibilidades que existem (ou não) para nossa vida, eu sempre acabava com o miolos fritos e uma sensação de que não havia muita saída: o mundo está cada vez pior e não tem como sermos pessoas realizadas no meio desse turbilhão.
Os Céticos, para os quais o mal de tudo é pensar demais, acreditam que não são só as opiniões erradas, são todas a opiniões, juízos sobre coisas que angustiam os homens. E a solução? Não ter juízo algum sobre nada, algo tipo: não pensa, vive! E assim, através do método argumentativo, construindo a antítese para qualquer tese acerca de algum juízo que teríamos, chegaríamos à negação do juízo, à “cura” do mal, à paz de espírito. Não entrei no mérito de que o método pode ser visto como a própria negação da filosofia, pois os próprios céticos não pdoeriam crer que seu objeto e seu método era o mais adequado pois seria ter um juízo sobre algo.
Entretanto, não posso deixar de considerar a idéia interessante, que até me faria muito bem...É claro que eu não chego ao ponto de querer não ter opinião alguma, mas, pensar menos sobre certas coisas , “não dar bola” pra muitas outras me fariam um bem danado. Sou estressada demais, com coisas que, no fim, não são tão importantes assim, ou são realmente importantes, ou não, na real, I don´t give a shit!. Captaram o espírito?
Não sou uma cética, mas continuo dizendo: não pensa muito que dói.

12:25 da manhã [ por nicole ]




quarta-feira, julho 02, 2003



Blog

Alguem sabe passar isso aqui pro português? Socorro amor!!!
11:05 da manhã [ por nicole ]





Ontem

Duas provinhas num dia só, em quase seis anos de faculdade isso ainda não tinha me acontecido. Saco, o pior é não ir bem nas duas, tudo meia boca...
Vamos lá que ainda tem filosofia (foda).

11:00 da manhã [ por nicole ]




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