Desabafos e considerações
superficiais sobre angústias
de viver nesse mundinho


# blogs #

+ as 72 vias da minha memoria
+ am i awake
+ galera
+ cardoso
+ trasel
+ bruno
+ epinion
+ generico incolor

# links #

+ fraude
+ mundo perfeito


# arquivos #

10/01/2002 - 11/01/2002
11/01/2002 - 12/01/2002
12/01/2002 - 01/01/2003
02/01/2003 - 03/01/2003
03/01/2003 - 04/01/2003
04/01/2003 - 05/01/2003
05/01/2003 - 06/01/2003
06/01/2003 - 07/01/2003
07/01/2003 - 08/01/2003
08/01/2003 - 09/01/2003
09/01/2003 - 10/01/2003
10/01/2003 - 11/01/2003
11/01/2003 - 12/01/2003
12/01/2003 - 01/01/2004
01/01/2004 - 02/01/2004
02/01/2004 - 03/01/2004
03/01/2004 - 04/01/2004
04/01/2004 - 05/01/2004
05/01/2004 - 06/01/2004
06/01/2004 - 07/01/2004
07/01/2004 - 08/01/2004
08/01/2004 - 09/01/2004




Design: Moreno 


quarta-feira, fevereiro 25, 2004



Filme

Eu acho engraçado algumas coisas. Agora só se fala no filme Lost in Translation e a protagonista se transforma num símbolo da beleza melancólica esquecida. Oh, suspiremos. Não pude acreditar quando li o que meu amor (sim, continua sendo meu amor) escreveu sobre ela. Que dava vontade de levar pra casa. Pois eu digo uma coisa: esse tipo de sentimento demonstrado pela Scarlett que cativa a todos só alcança tal objetivo quando se veste de cinema. Quantas vezes não nos sentimos perdidas, carentes por atenção? Por uma mísera migalha de atenção? Quando é que não questionamos nossas escolhas e relacionamentos ao nos encontrarmos em situações que fogem à nossa vidinha pacata e mostram outro lado das pessoas que nos rodeiam? Eu vi o filme, e também me identifiquei muito com todos o sentimentos daquelas duas pessoas perdidas que se encontram. Não precisei ir pra Toquio. Tenta um namorado que não fala nada às vezes. Que te deixa completamente perdida dentro de um silêncio que é japonês pra ti. Quando eu viajei, ninguém achou interessante meu estado questionador, que ironia. Ninguém me achou especial por me sentir deslocada e diferente de todos. É engraçado ver sentimentos tão familiares colocados no cinema e todos ficarem de boca aberta com isso. Basta olha pro lado às vezes. Ora vamos rapazes, na vida real vocês olhariam duas vezes pra Scarlett? Achariam a imagem da bunda dela coberta por uma calcinha extra larga transparente algo digno de nota e beleza? Desculpa, eu acho que não.
Passei minha vida sendo aquilo que as pessoas chama de "querida", aquilo que fica entre o doce, simpática, amiga, quieta e o meio sem graça. Agora parece que a Scarlett faz disso um charme com seu ar meio perdido no filme, transforma aquela estética aparentemente sem graça numa incrível beleza apenas com seu jeito de ser, sem qualquer subterfúgio adicional. Tomara que isso se repita mais vezes. Inclua-me nessa. Mas não deixo de achar estranho esses encantamentos todos enquanto as Scarletts reais são ignoradas em qualquer cidade.
Só pra constar, ela está ótima, interpretação perfeita, só me espantou tantos comentários e deslumbramentos sobre sua pessoa. Sei, sei, mulher é bicho triste, se estivessem falando de peitos de silicone eu reclamaria de qualquer jeito...

5:08 da tarde [ por nicole ]





Formação

Pois é. Formada eu estou. Formada formalmente, com toda a burocracia inerente preenchida. Mas não deixo de me sentir uma formanda. No que eu estou me formando, me transformando, eu não sei... mas gosto dessa expressão: formando, lembra em formação, inacabada, se transformando em alguma coisa. Em um monstro? Talvez. Andei agindo como um. Formando um monstro.
Ainda sou formanda. Ainda não me formei em nada, não tomei uma forma que defina minha vida. Acabo uma etapa da vida, importante, convenhamos, com poucas certezas: um punhado de certos e bons amigos que me acompanharão através da minha negligência em procurá-los. Alguns amigos que não me procurarão, e após alguma insistência minha, dirão que eu deveria ligar mais vezes, como é bom falar comigo, que não podemos perder contato e eu vou sentir vontade de mandar eles tomarem no cu. Saio com a certeza de que meus pais estão orgulhosos de mim, apesar de sentir aquele gosto de fel na boca ao pensar: ei, pai, mãe, eu não sou perfeita, fiz muitas coisas que fariam vocês se decepcionarem comigo nesse modo de enxergar as coisas um tanto distorcido de vocês. Achei que tinha encontrado o amor da minha vida, mas por que, what a hell, a gente não consegue estar 100% satisfeito com isso? What a fuck!
Life sucks sometimes… E um desânimo tremendo toma conta do meu ser só de pensar em ter que fazer a horrorosa prova da OAB pra brincar de advogar com os milhares de “coleguinhas” que se formam aos cântaros todo o semestre.
Sinto que meu dentes estão apodrecendo, malditos vômitos provocados por tanto tempo. Malditos. Meu sangue não recebe os nutrientes necessários, mas meu quadril acumula os desnecessários. Não tenho carro. Quero viajar, quero me sentir perdida de novo em algum lugar bem longe morrendo de vontade de voltar. Essa vontade que me conforta, que me isola na viagem. Quero ir pra longe e chorar, chorar, chorar de saudade de andar na minha rua novamente.
Quero vestir meus vestido de formatura e quero dançar a valsa que eu nunca dancei, foi minha última chance, não tenho mais 15 anos, não posso mais debutar e não esperem me ver entrando numa igreja. Quero dançar a valsa com pai, com meus pés em cima dos pés dele, deixando ele me conduzir.
Quero ser chamada de gostosa mais uma vez na vida.
Quero que as espinhas sumam da minha cara.
Quero fazer terapia. Quero tomar mais leite.
Quero ficar um pouquinho sozinha, mas não quero me sentir mais só.
4:54 da tarde [ por nicole ]




quarta-feira, fevereiro 18, 2004



Don´t go away

"So don´t go away, say that you will stay, forever and today in the time of my life, ´cause I need more time, ´cause I need more time just to make things right.
Don´t o away..."

10:09 da manhã [ por nicole ]




This page is powered by Blogger, the easy way to update your web site.