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Design: Moreno 


quarta-feira, junho 30, 2004



"So no one told you life was gonna be this way...

Your job is a joke, you're broke, your love life's D.O.A.
It's like you're always stuck in second gear
When it hasn't been your day, your week, your month, or even
year but..."
Impossível ficar imune à contagem regressiva pro último episódio de Friends. Nunca fui fanática, mas sempre curti o seriado da Sra. Brad Pitt. Ontem bateu a real, falta só mais um. Sad.
"I'll be there for you..."

4:08 da tarde [ por nicole ]





Tudo

Um dia eu pensei que tinha conhecido aquele que sabia tudo de mim, da minha alma, do meu ser. Mas não, ele não sabia porque nem eu sabia. Será que um dia alguém vai ver tudo em mim mesma?

"Everything

I can be an asshole of the grandest kind
I can withhold like it's going out of style
I can be the moodiest baby
and you've never met anyone as negative
as I am sometimes

I am the wisest woman you've ever met
I am the kindest soul with whom you've connected
I have the bravest heart that you've ever seen
and you've never met anyone as positive
as I am sometimes

You see everything you see every part
You see all my light and you love my dark
You dig everything of which I'm ashamed
there's not anything to which you can't relate
and you're still here

I blame everyone else not my own partaking
my passive aggressiveness can be devastating
I'm the most gorgeous woman that you've ever known
and you've never met anyone as everything as I am sometimes

You see everything you see every part
You see all my light and you love my dark
You dig everything of which I'm ashamed
there's not anything to which you can't relate
and you're still here

but I resist, persist and speaks, none of them I know
but I resist your love no matter how low or high I go

You see everything you see every part
You see all my light and you love my dark
You dig everything of which I'm ashamed
there's not anything to which you can't relate
and you're still here"


11:20 da manhã [ por nicole ]





Voulez-vous coucher avec moi, ce soir?


Eu não tava entendendo nada. Absolutamente nada. “Não dá bola, a Lu é louca assim mesmo. De lua”. Era a Márcia quem me dizia isso. “Vai pra puta que te pariu com essa explicação. Quem disse que eu quero explicação?” Claro que eu não disse isso, mas eu pensei. De audível eu só disse “Ah, nem dá nada...”. Mas deva, ou melhor, deu. O que era essa dorzinha que eu tava sentindo, hein? Fazia tempo que ela não aparecia. Eu não entendia o que podia ter acontecido. Ela chegou na boate, como havíamos combinado, veio em minha direção me deu 2 beijos no rosto e saiu, como se eu fosse um conhecido qualquer. Nem 3 beijinhos ela foi capaz de me dar. Comecei a relembrar dos acontecimentos da última semana. O que eu havia feito de errado? Será que eu falei alguma coisa errada? Será que uma amiga dela foi dizer que eu era um galinha? O que aconteceu??? O filme começou a passar na minha cabeça. Sexta-feira passada. Aniversário do Rogério, amigo dos tempos de colégio cuja amizade persistiu aos anos de faculdade. Aniversário naquele pub irlandês. Ok, vamos lá. O Rogério era amigo da Márcia, que foi convidada e que, por sua vez, era amiga da Luciana, que, por seu turno, foi junto com a Márcia ao aniversário. Feitas as devidas apresentações. Eu gostei de cara da Luciana. Ela era bonita, sim. Mas tinha uma coisa de diferente. Ela tinha corpo, não era magrela, tinha curvas, tinha cabelos castanhos claros até os ombros e olhos verdes. Olhos de gata. Gostei dela, mas ela não me deu muita bola. Quando eu pensei que tinha que partir pra outra, ela veio falar comigo, trouxe uma cerveja. Ficamos ali conversando e bebendo. Guria parceira. Assim que eu gosto. Chegaram mais algumas amigas e começou a tocar Lady Marmelade. Não sei porque as gurias gostam tanto dessa música. Mesmo sem ter pista de dança elas começaram a dançar. Depois que o álcool está no sangue, ninguém segura a mulherada mermão. Ela começou a dançar olhando pra mim. E foi olhando pra mim que ela cantou: Voulez-vous coucher avec moi, ce soir? Voulez-vous coucher avec moi?
Sim, ia ser uma boa noite... Algumas cervejas mais tarde eu dei um beijo nela, e ela correspondeu. E antes que eu pudesse falar qualquer coisa ela disse “Vamos sair daqui”. Entramos no meu carro e ela deu o endereço. Não disse de onde era, só disse “Vamos pra lá”. Era o apartamento que ela dividia com uma amiga. A amiga não estava. Não lembro direito de como tudo aconteceu, mas lembro que fomos direto pro quarto dela e transamos naquela noite mesmo. Transamos, transamos e transamos. Conversávamos, riamos, brincávamos com o corpo um do outro e transávamos. Na última vez eu já tinha gozado, mas ela não gozava de jeito nenhum. Resolvi não desistir da batalha até que ela disse “Beto,desiste, eu não vou gozar”.O que??? Olhei pra ela sem saber o que fazer. Nunca nenhuma guria tinha me dito isso assim, na lata, com tanta franqueza e naturalidade. Não que eu fosse o garanhão, mas eu sabia que nenhuma guria queria admitir que não gozava. Isso é fato. Elas queriam que tu pensasse que eram perfeitamente capazes de sentir prazer com quem quisessem. Eu nunca me importei com isso, não nessas ficadas casuais. Mas naquela hora eu me senti um incompetente quando a Lu disse aquilo. Ela riu do meu espanto. “Beto, não precisa provar nada pra mim, já senti muito prazer, mas eu também canso. Agora eu só quero que tu venha aqui, deite do meu lado, me abrace e me beije”. Foi o que eu fiz. E, ao invés de sair correndo dali antes que ela pudesse adormecer, eu fiquei. Não gostava de ir ao apartamentos das gurias, preferia motéis, era mais fácil de fugir depois. Cada um pro seu canto, nada de acordar junto e o escambau. Mas naquela noite não. Ela tocou a cicatriz que eu tinha na barriga. Acidente de carro. Um mês no hospital. Coisa feia. Eu achava a cicatriz horrível, tinha vergonha. "Não precisa ter vergonha dela, Beto. Eu também tenho uma cicatriz enorme". "Onde?" Eu podia jurar que não tinha visto nada no corpo dela, e olha que eu fiz uma averiguação detalhada, por assim dizer. Ela pegoui minha mão e colocou no peito dela, onde fica o coração. "É aqui". Aí ela me mostrou o pulso direito "Aqui também, é continuação da outra". Ali sim, havia uma cicatriz. Fina, um palmo, na vertical, saindo da base do pulso. Eu não soube o que dizer. "Essa aqui sangrou muito, achei que eu fosse morrer de tanta dor" ela falou com a mão no coração. Eu só conseguia pensar no pulso dela. Imaginei a lâmina cortando a pele e sangrando, sangrando. Eu senti um carinho enorme por ela naquele momento. Queria abraçar ela forte. Não sei explicar. Em outra situação eu sairia correndo dali, a última coisa que eu queria era me envolver com uma louca, mas olhando pra ela eu só pensei na dor que ela devia ter sentido, e que eu não queria que ela sentisse mais qualquer dor. Ela soltou outra gargalhada. "Ah bobo, tu acha mesmo que eu sou uma suicida?" Ela ria alto. "Mas essa aqui é verdadeira, a do coração". Eu quis saber como tinha acontecido aquela cicatriz no pulso, ela ficou séria e disse que um dia me contava, mas não hoje. Ela se virou de costas pra mim e meu corpo se encaixou atrás do dela. Encaixe perfeito. Abracei ela forte, cheirei os cabelos dela. Ao contrário das outras, ele não cheirava a cigarro, sexo ou suor. Tinha o cheiro dela, e foi sentindo esse cheiro que eu adormeci. Acordei no outro dia com meu celular tocando. Minha mãe. O foda de morar com os pais é que, não importa o quão velho tu esteja, eles sempre vão ficar preocupados quando tu passa a noite fora. Ela acordou, viu que era minha mãe e sorriu, me chamou pra junto dela. Tava chovendo lá fora. Eu só lembro de dizer “Mãe, eu não vou almoçar em casa”. Saí da casa da Lu já era de tardezinha. Foi apenas o tempo de ir pra casa, tomar um banho, comer alguma coisa (no sentido literal da palavra) e retornar as ligações dos guris. “E aí, comeu?” Dessa vez não respondi, brinquei, disfarcei. Não queria falar dela. Tinha medo que estragasse. Mais tarde passei na casa dela e saímos. Boate, cerveja, música. Ficamos pouco tempo, eu queria era sair logo de lá e voltar pra cama dela. Foi o que fizemos. Quando ela entrou no meu carro eu queria dizer alguma coisa legal, queria elogiar sem assustar, sem parecer piegas, resolvi chutar alto e a primeira coisa que me veio à cabeça foi: “Hum, gostei desse teu sapato”. Mulher gosta de sapato. Não tinha como errar chutar um elogio nesse campo. Ela soltou uma gargalhada. “Vocês não entendem nada, né? Isso não é um sapato, é uma bota. Mas valeu a tentativa Beto”. Ui, bola fora, pensei, mas nada que abalasse a noite. Anotação mental: ela não cai nessas, cuidar da próxima vez. Segunda chegou, terça também, telefonemas todas as noites. A partir de quarta eu comecei a achar ela meio evasiva, mais distante, o que só aumentou na quinta. Na sexta nos vimos rapidamente, ela tinha um outro aniversário pra ir. Alguns beijos naquele barzinho e ela se foi. Nada de apartamento hoje. Eu queria. Até que chegamos no sábado. Tínhamos combinado de nos encontrarmos nessa boate. Ela disse que viria com algumas amigas, entre elas a Márcia. Eu tava com o Rogério e os guris, bebendo, quando elas chegaram. Oi, oi, oi, beijinho, beijinho , beijinho. E aí aqueles dois fatídicos beijos seguidos da frase mortal “Vou buscar uma bebida, já volto”. Mas eu sabia que ela não ia voltar. Lu um, Beto zero. Quanto tocou Lady Marmelade não foi pra mim que ela olhou. Eu tive que dizer pro Rogério “Cara, não consigo entender”. Ele colocou a mão no meu ombro e com uma expressão muito séria disse “Meu, mulher não é pra se entender. Mulher é pra se comer, como diria o grande filósofo: eu”. O que eu podia esperar do Rogério? Ele era adepto da filosofia: coma bem uma mulher e tudo vai estar resolvido. Droga, o que eu tinha feito de errado? Enquanto minha cerveja ficava quente no meu copo, eu fingia que não tava nem aí. A Márcia se aproximou e repetiu “Não dá bola, ela faz isso com os caras, ela não gosta de ninguém, Beto“. Ahã, eu pensei, bela amiga, vem consolar o idiota ao invés de estar lá dançando com ela. A grande amiga conseguiu fechar com chave de outro “Ela não te merece, tu não devia mais pensar nela. Se tu quiser conversar, eu vou estar aqui”. Olhei pra Márcia como se fosse a primeira vez, ela não era tão bonita quanto a Lu, mas não era de se jogar fora. Era inteligente, apesar de achar meio desesperada aquela atitude dela. Eu não tinha mais nada a perder. “Vamos pra outro lugar, pra gente conversar melhor”, eu falei. Eu sei, ficar com amiga dá problema, as gurias não entendem, acham o máximo da canalhice, só perdendo pra ficar com irmã. Mas nesse caso eu não podia ser acusado de nada, vocês viram o que ela fez comigo. A Márcia entrou no meu carro e eu disse “Hum, gostei dessa tua bota”. Ela olhou pra mim, meio que surpresa e respondeu “O que? Um cara que sabe apreciar um calçado feminino? Não acredito! Não faz assim que eu me apaixono...”. Começou uma nova partida e eu dei o primeiro passe. Sim, a noite ia ficar melhor.

10:41 da manhã [ por nicole ]




terça-feira, junho 29, 2004



Em tempo

Fui fazer esse teste da TPM pra ver quem eu sou no Sex and the city.
Deu o seguinte: "Você é a Charlotte. Uma moça ingênua e sensível. Seu jeito Poliana é um prato cheio para piadinhas de suas amigas mais hardcore"
Hum, logo a Charlotte??? Só tenho amigos hardcore. Sim, fazem piada comigo.

10:55 da manhã [ por nicole ]





Trilha do momento

Mãos Estranhas

Eu olho o olhar desses olhos estranhos no escuro
Eu ouço o barulho de passos ao meu redor
Toc Toc Toc,
Mãos estranhas batem em minha porta
Hm Hm...
Meu futuro está em suas mãos

Eu beijo o beijar desse beijo estranho em silêncio
Eu quase não penso, quase respiro esse respirar
Toc Toc Toc,
Mãos estranhas abrem minha roupa
Hm Hm...
Meu futuro já vai começar

Não sei quem é ele
Pode ser quem eu quiser
Não sei quem sou eu
Posso ser quem ele quiser

Adoro dizer eu te amo sem romantismo
Sem planos, sem compromisso de ser feliz
Toc Toc Toc,
Mãos estranhas tapam minha boca
Hm Hm
Mãos estranhas que conheço bem

10:31 da manhã [ por nicole ]





O sexo e a cidade

Eu só vou dizer uma coisa: em matéria de relacionamentos esse mundo está perdido... quer dizer, isso eu digo na minha concepção de relacionamentos, baseado nas minhas experiências e expectativas, que foram edificadas em bases bem diferentes das que pautam a maioria das condutas e sentimentos que se vê hoje em dia. Tá, eu sei, soa meio, hum, retrógrado o que eu disse lá em cima, mas é que eu ainda estou abrindo meus olhos pra essa nova realidade e ainda não acostumei minha vista. O choque ainda se faz presente. Na boa, vendo o que rola por aí eu penso que as coisas estão cada vez mais oito ou oitenta: ou a pessoa se apaixona por outra perdidamente, e aí engata um relação mais estável (a.k.a. namoro), ou as pessoas vão passando umas pelas outras sem qualquer compromisso emocional, just fun, só curtindo os prazeres do sexo casual (sim, porque na minha idade ficar não significa mais alguns beijos e amassos, as pessoas já esperam muito mais do que isso). Caraca. Ainda acho que esse fato se aplica em grande parte aos homens, mas tenho que dizer que estou vendo muuuita mulher curtindo este way of life sem qualquer problema, se divertindo às pencas. Data vênia, também penso que são mais as mulheres que conseguem encontrar um meio termo no meio disso tudo. Quer dizer, se a gente encontra uma pessoa legal, com quem nos divertimos, passamos bons momentos, com quem podemos conversar, sair, etc., não vemos problema em ir mantendo um relacionamento com essa pessoa, sair de mão dada sem surtar achando que vai querer compromisso, e sem enjoar depois de 3 semanas. Vamos levando o caso na tentativa de encontrarmos sentimentos mais profundos, que podem surgir com o tempo, ou apenas para termos uma companhia pra aplacar a solidão. Sim, por que eu acredito que as mulheres se sintam muito mais sós do que os homens. Hoje eu vejo que esses meios termos são cada vez mais raros, e que as mulheres estão agindo como homens no quesito de ir atrás de diversão e prazer sem qualquer pudor, vergonha ou culpa. Como diria um amigo meu, “A mulherada tá pro game mesmo! Tão caindo em cima”. Claro que isso não é regra, e eu abordo esse assunto mais a título de surpresa com os dias de hoje, pois quando eu era solteira as coisas não eram bem assim. Aí tu passa a namorar e desliga desse mundo de azaração, ainda mais quando tu e teu namorado não saem, não vêem o que rola na noite. Agora que a solteirice ataca novamente, me choca um pouco a banalidade, e por que não dizer a frieza das relações atuais, relação, por que nem se pode falar em relacionamento. Assim, as relações são baseadas em acordos, não mais em sentimentos, ou seja, vocês dois acordam que aquilo é só curtição, que não vai passar de sexo, algumas ficadas e saídas, que ninguém pode se apaixonar por que nenhum dos dois quer namorar, entrar nessa coisa claustrofóbica e cheia de cobranças. Vamos combinar que a gente vai levando assim, na boa, sem compromissos e cobranças, e quando um não quiser mais, tchau, sem maiores explicações. Só que antes de assinar esse acordo, vale aquela máxima de que é bom ter bem claro o que se quer pra não se machucar depois. A regra de ouro é: não se envolva, não deposite qualquer expectativa na outra pessoa E isso é novo pra mim, talvez com o tempo eu não me choque mais e não venha achar que o mundo está perdido, mas hoje eu ainda estranho. Estranho essas mulheres que não se envolvem. Acho estranho, mas com uma pitadinha de inveja, por que não dizer. Inveja por me sentir 100% emoção e me envolver em tudo que eu faço. Inveja por elas não sofrerem a ansiedade da espera, da expectativa. Inveja por elas não sofrerem toda a vez que o cara não liga no outro dia. Inveja por não darem a mínima quando o cara com quem transaram na noite anterior dá apenas um oi no outro dia.
No meio dessa selva toda, eu ainda acho que o amor é afudê, e que ainda vale mais do qualquer prazer casual que se pode conseguir por aí. É por isso que eu digo: "Jogue suas mãos para o céu e agradeça se acaso tiver alguém que você gostaria que estivesse sempre com você, na rua, na chuva, na fazenda, ou numa casinha de sapê".
É, enquanto a coisa rola lá fora, eu dou uma de Carrie Bradshaw e fico na minha pesquisa antropológica acerca dos relacionamentos humanos. Não tenho nenhuma coluna em jornal, só tenho esse blog. Vou divagando, ainda que minhas conclusões, até agora, se baseiam muito mais nas experiências das minhas fontes (riquíssimas) do que na minha própria vivência. Se for pra viver tudo isso, todas essas desventuras, bem que eu podia ter, pelo menos, os sapatos da Carrie. Corações partidos sim, mas sempre em cima de salto alto.

10:16 da manhã [ por nicole ]




sexta-feira, junho 25, 2004



Justify my love

"Poor is the man
Whose pleasures depend
On the permission of another
Love me, that's right, love me
I wanna be your baby"

Madonna com Lenny Kravitz: clássica Justify my love.
Lembrança do dia.

1:27 da tarde [ por nicole ]




quarta-feira, junho 23, 2004



Escritório bombando

Eu cheia de mp3 massa no meu Kazaa e olha o que eu estou ouvindo:

"Her name was Lola, she was a showgirl
With yellow feathers in her hair and a dress cut down to there
She would merengue and do the cha-cha..."

Copacabana, com o Barry Manilow.
Huhuhu!

11:07 da manhã [ por nicole ]





Caindo, caindo...

Passada a euforia, é hora de cair na real e encarar a vida ao som do Fleetwood Mac. Mais um dia, mais um dia...

Landslide

I took my love and I took it down
Climbed a mountain and I turned around
And I saw my reflection in the snow-covered hills
And the landslide brought me down

Oh, mirror in the sky - what is love?
Can the child in my heart rise above?
Can I sail through the changing ocean tides?
Can I handle the seasons of my life?
I don't know.....I don't know...

Well I've been afraid of changing
Because I've built my life around you
But time makes is bolder; children get older
I'm getting older too....

So, take this love...take it down.
Oh, if you climb a mountain and you turn around
and you see my reflection in the snow-covered hills
Well, the landslide will bring you down
The landslide will bring you down...

Well I've been afraid of changing
Because I've built my life around you
But time makes is bolder; children get older
I'm getting older too....

Time makes bolder, quero ver, quero ver,

9:53 da manhã [ por nicole ]





Fobia

A faxineira está aqui no escritório, na minha frente, só que do lado de fora da janela, no parapeito, limpando os vidros da janela pelo lado de fora. Estamos no 7º andar.
Tô começando a ficar nervosa com essa mulher.

9:51 da manhã [ por nicole ]




terça-feira, junho 22, 2004



Ufa!

A cena: eu, sozinha no escritório, ouvindo Dancing in the moonligt e dançando. Ah caramba, passei!!!!!
Passei nessa merda de exame da OAB.
Por um momento eu fiquei alegre.
Afudê.
Amanhã, champanhe pra todos porque mais um "adevogada" foi colocada no mundo


5:29 da tarde [ por nicole ]





Needles and pins

“Um , dois , três, quatro...”
Ela contava mentalmente enquanto apertava dez vezes. Ordens do médico: estimular várias vezes ao dia. Ela tocava com o dedo indicador dez vezes cada agulha cravada na orelha. Tinha três. Uma para o estômago, uma para medos e ansiedades e uma para o estresse. Ela se sentia ridícula. Mas quando o velho aperto aparecia no peito, lá ia ela apertar as agulhas. Nem sabia mais qual era pra quê, assim, apertava todas.
O médico disse que ela nem chegaria a sentir as agulhas, mas não era bem assim. Quando ela deitava do lado direito na cama a orelha doía. Toda a vez que ela enjoava de ficar deitada do lado esquerdo, ela trocava de lado mas sentia as agulhas na orelha. “Droga. Espero que essa merda funcione”. Na hora de dormir, ela ficava especialmente sensível a qualquer estímulo que a impedisse de relaxar e de ter a tão sonhada noite de sono tranqüilo. Tranqüilo, veja bem. Não o sono em que ela se acordava toda a madrugada, religiosamente entre 3h30 e 4h00 da manhã e não dormia mais até a hora de acordar. Não sabia direito porque acordava, mas se lembrava dos pesadelos que ultimamente vinham assombrando suas noites. Culpa daquele remédio, a bula dizia que dava pesadelos. “Droga”, ela pensava. “Devia ter arranjada um Valium”. Mas aí se lembrava da amiga que ficou viciada e desistia da idéia. Já tinha vícios demais pra arranjar mais um. Acordava e “um, dois três...” apertava as pequenas agulhas. Na verdade, pareciam pequenos alfinetes e só podia se ver suas cabeças. Eram agulhas com cabeça, ou alfinetes? Não importava. “Se não fosse esse esparadrapo eu podia dizer que eram piercings, pelo menos não precisaria dar maiores explicações e ainda passaria por moderna”. Ia trabalhar, Na lotação apertava as agulhas. Chegava no escritório, ligava seu computador, recebia os e-mails e apertava as agulhas. Sentia-se ridícula, não acreditava nessas coisas, mas queria acreditar. Pelo seu bem. Meio dia ia almoçar. Discretamente, no restaurante, apertava as agulhas. Olhava algumas vitrines e voltava por escritório. Trabalhava toda tarde, conversava com as outras funcionárias, conversava em especial com a secretária que insistia em lhe ensinar simpatias. “Eu não acredito em nada disso”, ela pensava em silêncio. Mas continuava a ouvir a mulher, fingindo interesse. Na maioria das vezes divagava, e só ouvia fragmentos do monólogo da outra, “..uma vela..” “...mel...”...Santo Antonio...”. Ela ensinava simpatias. “Ahã, uhum”, ela só fazia sinal afirmativo com a cabeça. Acabava o expediente. Passava no supermercado ali perto antes de pegar o ônibus. Pão, frios, um doce. Chegava em casa e apertava as agulhas. “Espero que isso funcione”. O tempo passou, as agulhas acabaram infeccionando a orelha. Febre, anemia, hospital. Pegou uma infecção hospitalar grave e acabou morrendo. Freud dizia, ou pelo menos tinha ouvido dizer que ele dizia: a única maneira de se livrar de toda a tensão é morrendo. “As agulhas funcionaram”, ela pensou enfim.

10:36 da manhã [ por nicole ]




segunda-feira, junho 21, 2004



It´s getting hot in here...

Hoje, se bem me lembro das minhas aulas de geografia, é dia do solstício de inverno, 21 de junho. Hoje é o dia mais escuro do ano, quer dizer, o dia mais curto, em que o a incidência dos raios solares no planeta dura menos tempo. Desde a época em que o sol começa a se pôr antes das 18h30, por aí, eu começo a torcer pra chegar logo esse dia, pois sei que irá escurecer sempre mais cedo até o dia 21 de junho. Sei que a escuridão vai ficando maior. Mas a partir de hoje, os dias vão, gradativamente, ficando mais longos, mais claros até 21 de dezembro, passando pela minha estção preferida, a primavera. Só não precisava estar tão quente assim.

Flores

Olhei até, ficar cansado de ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado, as flores que estão no canteiro
Os punhos e os pulsos cortados
E o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado
Embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo o que eu vejo
A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores tem cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes
Flores
Flores
As flores de plástico não morrem

9:16 da manhã [ por nicole ]




quarta-feira, junho 16, 2004



Ulisses

Olha só que legal:

"Jornal alemão troca notícias da atualidade por Bloomsday
16/06 : O jornal esquerdista berlinense "Die Tageszeitung", conhecido como "taz", surpreendeu hoje, quarta-feira, seus leitores com uma edição sobre o livro "Ulisses", e da primeira à última página ignora toda a atualidade.
O jornal, que busca fazer uma edição para colecionadores, prescindiu assim do mundo para celebrar o centenário do "Bloomsday". Nesse dia, Leopol Bloom e Stephen Dedalus iniciaram uma viagem já épica pela Dublin de "Ulisses", a obra-prima do escritor James Joyce (1882-1941).
Obra-prima pelo menos para alguns, extravagância ilegível para outros, o espírito do Ulisses se apoderou hoje do "Tageszeitung", que pelo mesmo preço, 1,10 euro, resume em 22 páginas um dia na vida de Bloom, Dedalus e de 14 redatores do jornal.
Não é a primeira vez que o "taz" dedica toda sua edição a um evento ou a um personagem. Assim, no 20º aniversário da morte de John Lennon, o jornal saiu à venda com uma edição chamada "It was 20 years ago today" (Hoje faz 20 anos), repleta de textos sobre o artista e fragmentos de sua canções.
Em setembro do ano passado, nos 25 anos do jornal, o "taz" surpreendeu com um Número Zero feito pelos "queridos inimigos" do jornal popular e conservador "Bild"."

Juro que vou ler Ulisses, juro que vou. Que vergonha...

12:49 da tarde [ por nicole ]





Hey

Hey sister, go sister, soul sister, flow sister
Hey sister, go sister, soul sister, flow sister

Não, não é o Moulin Rouge que ocupa meus pensamentos, mas a Ally McBeal no primeiro episódio da 3ª temporada.

9:57 da manhã [ por nicole ]




terça-feira, junho 15, 2004



One, two, three

"ANXIETY

Anxiety, anxiety, keeps me happy.
Anxiety, anxiety, keeps me happy.
Always stiff, all day long.
Nothing's right till it's all wrong.
It makes no sense until I'm tense.
Always laughing at your expense.

Anxiety, anxiety, keeps me happy.
Anxiety, anxiety, keeps me happy.
Always biting on my nails.
Always stiff, it never fails.
Now I think I'll pick my nose,
wipe it on my sweaty clothes.

Anxiety, anxiety, keeps me happy.
Anxiety, anxiety, keeps me happy.
Always screamin' at someone.
Got a temper like a gun.
Hair trigger personality.
Anxiety, anxiety, keeps me hap-happy.
(bridge)

And I'm crazy, crazy, crazy in a crazy world.
I'm crazy, zrazy, crazy in a crazy world.
I'm crazy, zrazy, crazy in a crazy world.
I'm crazy, zrazy, crazy in a crazy world.

A-N-X-I-E-T-Y
A-N-X-I-E-T-Y
Anxiety keeps me high, cross my heart and hope to die.
ANXIETY
ANXIETY
ANXIETY"

10:31 da manhã [ por nicole ]




quinta-feira, junho 10, 2004



Ela

Ela era tudo pra mim. Ela era a mulher mais bonita. Queria ser como ela quando crescesse. Ela tinha muitos sapatos, os quais eu gostava de usar, junto com as bijouterias dela. Passava horas brincando. Ela me levava junto quando ia ao salão de beleza. Arrumava o cabelo, fazia as unhas e depilação. Eu queria fazer tudo igualzinho. Era ela quem eu esperava na saída do colégio, e se ela se atrasasse eu começava chorar, pensava que ela tinha me abandonado. Ela disse que isso nunca ia acontecer. Um dia ela me disse que alguém não me quis, mas que isso tinha sido a melhor coisa das nossas vidas, porque, assim, ela me tinha eu a tinha. Ela disse que me quis e esperou muito. Quando eu ficava doente, ela ficava do meu lado e me fazia canja de galinha. Quando eu fiquei 10 dias no hospital, ela ficou todo o tempo comigo. Ela me ensinou que o minuto não pertence ao relógio, mas ao tempo, a gente. Ela me disse pra não depender de ninguém. Qualquer problema que eu tinha, eu corria pra ela, pro colo dela, e ficava lá, enquanto ela fazia carinho nos meus cabelos. Mesmo depois de grande, eu continuei correndo pra ela. Por piores que as coisas estivessem, eu sabia que podia contar com ela. Só o fato de ouvir a voz dela, ao ligar chorando e angustiada, já me fazia sentir melhor, mesmo que ela só dissesse que tudo acontece por um motivo e que as coisas dariam certo no final. Mesmo eu não acreditando, eu me sentia melhor. Eu sentia que alguém, enfim, nunca iria embora da minha vida. Quando a mãe dela morreu ela já era gente grande e independente, mas ela me disse que não estava preparada pra perder a mãe. Eu vi que a gente nunca está preparado pra isso. O que mais dói agora é saber que eu não posso contar com ela no momento mais escuro da minha vida. Não posso mais correr pro colo dela, nem ligar chorando. É ela quem precisa de mim. E ela nem sabe o que está acontecendo. Ela não compreende o que acontece a sua volta e as vezes nem sabe quem eu sou. Apesar de todas as coisas ruins que aconteciam, no fundo eu sabia que alguém estaria lá pra me consolar. Mas agora eu não tenho ninguém, e isso faz doer ainda mais.

10:52 da manhã [ por nicole ]




quarta-feira, junho 09, 2004



Lá em casa

A parte que eu mais gosto de lembrar é daquela vez que minha mãe contratou a Marjorie para ser minha babá. Ela era recreacionista da escolinha que eu freqüentava. Quando eu saí da escolinha minha mãe fez com que eu continuasse com a minha recreacionista preferida. A Marjorie fazia desfiles no meu jardim, minhas amiguinhas iam para minha casa se divertirem com a minha babá. Ela fazia a gente desfilar, desfile de concurso de beleza, sabe.Acho que desfile de modas. Não sei,lembro que caminhávamos no caminho de pedras que existe no gramado do meu jardim, era a passarela. Fazíamos coroas com gravetos e folhas (ela nos ensinava), e também fazíamos as faixas da premiação com papel higiênico. Todas ganhavam. Coroas e faixas. Lembro que eu era muito feliz. Não lembro o momento exato em que ela foi embora, ou de quanto tempo ela ficou comigo, mas dessa parte eu nunca consegui esquecer, ficou gravada na memória. Eu posso me ver sorrindo, correndo no pátio. Eu era feliz. Quando tudo está escuro, é dessa parte que eu gosto de lembrar.

9:49 da tarde [ por nicole ]




terça-feira, junho 08, 2004



nada está tão ruim...

Lembre-se: nada está tão ruim que não pode ficar pior. E eu ainda vou escrever sobre isso, mas por hoje fica só o lembrete pra mim mesmo.
- Pai, buá, terminei com meu namorado
- FIlha, não fica assim.
- Buá, como não pai? Como eu vou viver agora?
- Filha, pensa que tem coisa pior
- Buá, não tem não.
- Filha, tua tia está com câncer de mama.
- ...

5:23 da tarde [ por nicole ]




quinta-feira, junho 03, 2004



It´s very hard

Ryan Adams - Harder Now That It's Over

They slapped 'em on you
Where that bracelet used to be
You know the one I bought you in phoenix
Where they sell old jewelry
I was trying to make you angry
But I didn't feed you to the cops
When I threw that drink in that guy's face
It was just to piss you off
'Cause honey it's over

It's harder now that it's over
It's harder now that it's over
Now that the cuffs are off
And you're free
You're free with a history

I heard your wrists got bruised
Must've felt just like old times
I wish you would've grabbed the gun
And shot me 'cause I died
And I'm nothing now without you
yeah, I'm less than nothing now

I'm the one between the bars and lost forever now
'Cause it's over now

It's harder now that it's over
It's harder now that it's over
Now that the cuffs are off
And you're free
You're free with a history

Free with a history
You're free
Free with a history

I'm sorry

Feliz aniversário Moreno.

12:10 da tarde [ por nicole ]




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